Boletín Las Américas
  • Boletín 12
  • Boletín 11
  • Mas
    • Boletín 10
    • Boletín 9
    • Boletín 8
    • Boletín 7
    • Boletín 6
    • Boletín Extra24HSolidaridad
    • Boletín Nº 5
    • Extra 8M2020
    • Boletín Nº 4 >
      • Português
      • English
      • Français
      • Español
    • Boletín Nº 3
    • Boletín Nº 2
    • Boletín Nº 1
    • Français. 1, 2 y 3
    • English 1,2 y 3
    • Português Bol 1,2 y 3
    • Contáctanos
Imagen

Boletín nº 7 Junio 2020

Imagen

E se nós fizéssemos...?

Kim Paradis
​Comité de solidarité internationale de la Coordination du Québec de la Marche mondiale des Femmes (CQMMF)
Nos últimos meses, entramos em uma crise global que abalou radicalmente não só os nossos hábitos mas também o sistema económico mundial. Esta crise sanitária nos obriga a viver cada uma dentro das nossas fronteiras nacionais e pessoais. Isoladas e confinadas, nós sobrevivemos, à nossa maneira.
Algumas continuam a trabalhar desde casa, a solidão como companheira e com a cabeça cheia de uma pesada carga mental; outras perderam o emprego, com ou sem rendimento suplementar. Algumas cultivam um jardim interior e outras sofrem com a presença de um cônjuge violento. Muitas trabalham na linha da frente, cuidando dos doentes, das crianças, dos idosos, enfrentando o medo e o risco. Vemos que estão a surgir desigualdades gritantes nas nossas sociedades, especialmente para as mulheres. E vemos também que nem todas as mulheres são iguais.
Diz-se que o movimento feminista é plural; mas a partir das nossas diversas realidades traça-se uma linha comum, uma verdade coletiva partilhada: as mulheres continuam a ser as pessoas mais afetadas por esta crise. Os impactos sobre essas últimas são enormes e colocam em evidência males comuns da nossa era produtiva: a divisão sexual do trabalho, a subvalorização do trabalho das mulheres, o não reconhecimento do trabalho informal realizado principalmente por mulheres, as responsabilidades familiares que elas carregam, etc. Somos diferentes, cada uma de nós vivendo a crise de acordo com a sua realidade, mas partilhamos todas estas opressões patriarcais do mundo econômico capitalista. E se este período de mudança se tornar um terreno fértil para a denúncia e a consciência coletiva?
O movimento ecofeminista é uma corrente filosófica e política nascida da conjunção do pensamento feminista e ecológico, que denuncia o capitalismo e o patriarcado. Porque, se o ambiente for degradado, a condição feminina é igualmente degradada. Assim, se o sistema capitalista participa na destruição da natureza e no esgotamento dos seus recursos, participa também nas desigualdades e opressão vividas pelas mulheres. E se, nas nossas reflexões sobre "depois da pandemia", dissermos "basta" à economia actual? E se colocarmos no centro das nossas ações a proteção da natureza e a revalorização do trabalho feminino (formal e informal)? E se reconhecermos toda a contribuição que as mulheres oferecem diariamente, e muitas vezes gratuitamente, para o desenvolvimento da economia? E se ousarmos oferecer alternativas de justiça e solidariedade aos mais vulneráveis?
E se este movimento não for apenas uma oposição, mas um movimento que constrói? E se a nossa força coletiva for essa? A reapropriação da economia por meio da criação de um movimento que não se preocupa apenas com o trabalho ligado à produção, mas que se interessa por tudo o que nos rodeia, que tem em conta todos os aspectos da vida¹.
E se já estivermos em movimento? As mulheres do Quebec se organizam, apesar de todas as dificuldades que a pandemia traz consigo. As cinco exigências da Marcha Mundial das Mulheres ao governo do Quebec afetam diretamente questões cujo protagonismo é ainda mais visível durante esta crise planetária: pobreza, violência, justiça climática, mulheres migrantes, imigrantes e racializadas e mulheres indígenas. E não é a distância que nos impedirá de resistir e trabalhar em solidariedade com o movimento global das mulheres - a nossa participação ativa na Marcha Mundial das Mulheres é um excelente exemplo disso mesmo!
​E se, neste período de crise, fôssemos solidárias com as nossas realidades plurais, indo além dos sonhos ou da teoria, e propuséssemos soluções alternativas para o mundo econômico atual?


[1]Silvia Federici, « Le fémi­nisme d’État est au service du déve­lop­pe­ment capi­ta­liste », avril 2020

Hacia la V Acción Internacional 2020 Boletín de Enlace

https://marchemondiale.org

¡Nueva Página web!
Con tecnología de Crea tu propio sitio web con las plantillas personalizables.
  • Boletín 12
  • Boletín 11
  • Mas
    • Boletín 10
    • Boletín 9
    • Boletín 8
    • Boletín 7
    • Boletín 6
    • Boletín Extra24HSolidaridad
    • Boletín Nº 5
    • Extra 8M2020
    • Boletín Nº 4 >
      • Português
      • English
      • Français
      • Español
    • Boletín Nº 3
    • Boletín Nº 2
    • Boletín Nº 1
    • Français. 1, 2 y 3
    • English 1,2 y 3
    • Português Bol 1,2 y 3
    • Contáctanos