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Boletim 6 Janeiro 2020

Movimentos definem agenda de lutas no Encontro Anti-imperialista em Cuba

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Entre os dias 1 e 2 de novembro, reuniram-se mais de 1200 pessoas de mais de 80 países em La Havana, Cuba para o Encontro Anti-imperialista de Solidariedade, pela Democracia e Contra o Neoliberalismo. O encontro foi um grande momento de unidade entre centenas de organizações, para refletir sobre os desafios da atual conjuntura no continente. O encontro foi organizado pela Jornada Continental pela Democracia e Contra o Neoliberalismo, junto com o Instituto Cubano de Amizade com os Povos e outras organizações cubanas.
 
Os três dias incluíram painéis sobre a conjuntura, debates temáticos, intercâmbios nos bairros, tribunas abertas, exposição dos movimentos e momentos de solidariedade com Cuba, Venezuela e todos os povos que lutam. Na plenária de encerramento, falaram Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, e Díaz-Canel, presidente de Cuba.

Destruir o capitalismo patriarcal e racista

O primeiro painel debateu os desafios da esquerda diante do imperialismo, com a participação de Nalu Faria (MMM/Brasil), Atilio Borón (Argentina), Yasmin Bárbara Vázquez (Cuba) e José Luis Centella (PC/España). A aliança entre os movimentos foi colocada como uma estratégia capaz de construir uma ofensiva popular contra o imperialismo e o neoliberalismo, sistema que usa mentiras e violência para dominar e empobrecer as populações.
“Nossa luta é antissistêmica, contra o modelo capitalista, heteropatriarcal e racista, que destrói a natureza e trata alguns seres humanos como descartáveis, agudiza a exploração de nosso trabalho e nossas vidas, aumentando cada vez mais o controle sobre nosso corpo, mulheres e homens, LGBTQs, trabalhadores negros e indígenas. Queremos construir outra sociedade”, disse Nalu Faria em sua intervenção.
Para isso, é preciso que o feminismo e a justiça ambiental sejam parte fundamental da luta, afirmou a representante da MMM: “O modelo capitalista imbrica o patriarcado e o racismo, e é preciso destruir, de maneira articulada, todos esses sistemas de opressão. (...). Não se trata somente de incorporar os direitos das mulheres, dos negros e dos povos indígenas, mas sim de aprender com suas experiências, como é o caso dos povos indígenas, que já há mais de cinco mil anos têm vivido em harmonia com a natureza”.
Durante a tarde, o Encontro abriu ao Mar Anti-imperialista, um momento de intercâmbio entre os participantes e de movimento nas redes, com tags como #HandsOffCuba e #FollowOnFight. Além disso, uma tribuna anti-imperialista aberta apresenta as vozes de lamentadores de diferentes países, que se levantaram contra os bloqueios, se solidarizaram com o povo e denunciaram os ataques do imperialismo em seus territórios.
À noite, os participantes visitaram os CDRs (Comitês de Defesa da Revolução) no bairro de Barbosa, a oeste da capital cubana. Em Barbosa, um intercâmbio fraterno: as delegações tiveram uma amostra da infinita generosidade do povo cubano, que compartilhou sua comida, suas expressões culturais e falou sobre a importância dos CDRs para a organização da vida e a manutenção da revolução nos bairros, e do protagonismo das mulheres nessas estruturas comunitárias. 
Ao fim, um grande show na praça, com grupos musicais de Cuba e da Venezuela, e falas de militantes como Iridiane Seibert, do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC/Brasil), e Cindy Wiesner, do movimento It Takes Roots (EUA) e da Marcha Mundial das Mulheres, que falou sobre a luta do povo nos Estados Unidos contra o presidente Donald Trump.

Solidariedade e articulação para derrubar o neoliberalismo

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No sábado (02), o dia começou com um painel sobre os desafios para uma articulação solidária de nossas lutas. Falaram Karin Nansen (Amigos da Terra/Uruguai), Monica Valente (Foro de São Paulo/Brasil), Ismael Drullet (Capítulo Cubano de Movimentos Sociais/Cuba) e Manuel Bertoldi (Assembleia Internacional dos Povos/Argentina).
As lutas recentes no Haiti, Equador e Chile foram evidenciadas como exemplo da mobilização popular de resistência ao neoliberalismo e aos retrocessos antidemocráticos na região. “Os golpes de estado e a militarização são realidades que cerceiam a vida dos povos. É fundamental denunciar quem são os perpetradores”, denunciou Karin, apontando a necessidade de que a solidariedade internacional resulte em uma agenda conjunta de lutas.
No final do painel, a delegação brasileira recebeu mais de dois milhões de assinaturas de cubanos exigindo a liberdade de Lula. A solidariedade e o internacionalismo são princípios que se concretizam na prática.
Durante a tarde, as/os participantes se dividiram em comissões temáticas para aprofundar os seguintes temas: solidariedade; enfrentamento às transnacionais; comunicação; juventude; democracia, soberania e anti-imperialismo; integração. As contribuições desses espaços enriqueceram o debate e os consensos para o plano de ação e a declaração final do Encontro.
Pela noite, uma plenária aberta da Jornada Continental reuniu centenas de pessoas para avançar na construção de ações articuladas. “Desde nosso espírito de construção de confiança e unidade na diversidade, coletivizando nossos esforços, trabalharemos desde agora e durante todo o ano que vem articuladamente para dar continuidade a propostas sobre transição justa, enfrentar as falsas soluções da economia verde, pelo desmantelamento do patriarcado, lutar contra o neocolonialismo, o racismo e todos os instrumentos de dominação capitalista”, afirma o documento.
As organizações presentes, entre movimentos de trabalhadores, de juventude, de indígenas e de mulheres, firmaram o compromisso de atuar em aliança durante ações como a Cúpula dos Povos no Chile, a Ação Internacional da MMM, a Semana de Luta Anti-imperialista, o Dia de Ação Contra as Barragens e o Congresso da CSA. Desde seu início, em 2015, a Jornada Continental traz a perspectiva de luta permanente contra as transnacionais e o livre comércio, em defesa da democracia e da integração dos povos, tendo a justiça ambiental e o feminismo como eixos transversais.

Construir um projeto anti-imperialista e revolucionário

No último dia, a Declaração de solidariedade à revolução cubana e a declaração final do Encontro foram aclamadas pelo plenário. A declaração firma a responsabilidade de seguir em mobilização intensa, permanente e integrada, e de denunciar ameaças e ataques à democracia e à soberania dos povos de todo o mundo. Pelo povo saaraui, por paz na Colômbia, por independência para Porto Rico, pela liberdade de Lula, pela Palestina, pelas revoluções do continente, pelas propostas de novas formas de democracia e tantos outros processos de luta popular.
Reitera “a importância de avançar na construção da unidade anti-imperialista das forças políticas de esquerda e dos movimentos sociais e populares, em relação à pluralidade, à diversidade e ao direito soberano dos povos de escolher livremente sua forma de organização política, econômica e social, convencidos de que a unidade é a única via para alcançar a vitória no enfrentamento ao principal inimigo dos povos: o imperialismo ianque e seus aliados”.
Na plenária de encerramento, falaram Nicolás Maduro e Díaz-Canel. Maduro discursou contra o Fundo Monetário Internacional, o neoliberalismo e todos aqueles que o acusam de ditador para justificar golpes de estado e invasões. Disse estar muito preocupado com a ameaça de repressão no Brasil, e afirmou que “o encarceramento de Lula foi um golpe de estado para impedir que ele ganhasse as eleições”. Saudou as lutas populares nas Américas: “já está se levantando uma nova onda anti imperialista”. Para ele, é preciso construir “um projeto alternativo ao neoliberalismo, um projeto humanista, profundamente revolucionário”.
Díaz-Canel denunciou as tentativas dos poderosos de desestabilizar iniciativas de esquerda. Para ele, “o primeiro inimigo é a mentira anti imperialista”, pois “com mentiras, invadiram países e destroçaram povos”. O presidente de Cuba denunciou o bloqueio econômico como uma política criminosa dos Estados Unidos. “Não foi o primeiro imperador a se impor e tampouco será o último a derrotarmos”, disse sobre o presidente dos EUA Donald Trump, que vem acirrando o enfrentamento a Cuba. “A revolução cubana está aqui para provar que, sim, é possível”. Díaz-Canel afirmou a importância da amizade entre os povos e das juventudes que, hoje, estão se rebelando. “Nenhuma causa justa nos exagera”.

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