Nos dias que antecederam o Encontro Anti-imperialista de Solidariedade, pela Democracia e Contra o Neoliberalismo, Alejandra Laprea, da CN Venezuela, participou, pela MMM, da reunião de fortalecimento de vínculos e reflexão sobre a comunicação necessária para o trabalho de coberturas colaborativas e apoio às lutas continentais. Com militantes da Rede de Intelectuais Cuba, Centro Martin Luther King, Rede Ambientalista de El Salvador, Federação de Mulheres Cubanas, Casa das Américas, Alba Movimentos, Rede Jubileu Sul América e MMM Américas, a reunião iniciou-se com uma análise da conjuntura continental a partir da comunicação política popular e continuou com as reflexões sobre o caráter contra hegemônico da nossa comunicação. Outros pontos da agenda foram na direção da construção coletiva de uma frente de comunicação popular desde a Jornada Anti-imperialista e a elaboração de um plano de cobertura colaborativa para o Encontro Anti-imperialista que iria acontecer. A censura e os ataques aos quais estão submetidos os meios alternativos e populares em muitos países foi um dos pontos mais ressaltados durante a análise de conjuntura, bem como a responsabilidade dos meios de comunicação como reprodutores e sustentadores de uma comunicação e cultura com características heteronormativos, patriarcais, racistas e classistas. Na reunião, também houve um momento para o compartilhamento de conhecimentos sobre redes sociais e aproximar as organizações a plataformas libres como mastodon.social, cubava.cu, signal.org, redes que asseguram a confidencialidade da comunicação e a não mercantilização dos dados e da vida de usuárias e usuários. Nas reflexões, pontuou-se que, ainda que as alternativas de redes sociais nas plataformas livres não tenham poder de influência, são alternativas para as organizações por sua segurança. Outra das conclusões da reunião foi que não devemos abandonar as técnicas mais tradicionais de comunicação popular. O teatro, os jornais comunitários, o muralismo são técnicas e métodos de comunicação que provaram sua eficácia na comunicação política. /AL