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Boletín nº 7 Junio 2020

Editorial

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Vencemos muitas batalhas
​Nesta luta por existir
Andorinhas de inverno nos sorriem
Ayku15 - M.G

Nos últimos dias, o assunto que circula pelo nosso continente é a pandemia, a rápida e alarmante expansão da COVID-19, as cifras de contagiados que alcançaram o pico mais alto durante maio e os mortos que superam os milhares de pessoas no mundo. É inevitável pensarmos em uma situação que nos ataca de forma generalizada (mas que não nos impacta da mesma forma) em todos nossos territórios, assim como é inevitável tomar as medidas de prevenção sanitária necessárias, porque o isolamento é a melhor medida para a maioria da população, ao menos até agora, em que as investigações científicas não encontram os meios para combater a pandemia por meio de uma vacina.
O que está claro é que os governos pretendem aproveitar o momento para frear as mobilizações sociais e exercer controle através das forças policiais e militares. Paralelamente os serviços de informação e inteligência seguem atuando para aprovar na surdina medidas, decretos, leis e ordens de exceção contra os interesses dos povos, para tomar decisões em prol da “paz social” e ameaçar, em nome da “segurança regional”, outros territórios que não estejam sob suas ordens capitalistas, além de atacar-se entre as grandes potências que disputam a hegemonia do mundo.
Em todas as informações que chegam a nós a partir de nossas companheiras das Américas, a situação é de demissões massivas foram a primeira resposta dos setores empresariais, que astutamente acolheram as medidas de isolamento sem se importar com o fato de que milhares de homens e mulheres dependem unicamente de seu salário, e que suas famílias são de cinco ou seis pessoas. Muitas vezes essas famílias são compostas por pessoas idosas, que são a população mais ameaçada pela covid-19. A onda de demissões e suspensões de contratos trouxe uma cadeia de consequências nos lares, como falta de espaço, violência doméstica, alcoolismo, vício em drogas, abuso sexual, gravidezes não desejadas etc.
Nesses dias, as mulheres viram aumentar a sobrecarga de seu trabalho diário e enfrentam jornadas de trabalho mais intensas devido ao isolamento de toda a família. Há mulheres que estão no teletrabalho e, além de cumprir com sua jornada de trabalho regular, complementam-na com as tarefas domésticas, com o cuidado de filhos e filhas. Além de tudo, elas precisam garantir que os filhos realizem as tarefas escolares, enviadas através das aulas on-line. A essa situação acrescenta-se o fato de que muitas dessas mulheres são professoras e devem preparar materiais para enviar a outras crianças, ou são trabalhadoras da saúde que cumprem turnos exaustivos em hospitais, postos de saúde etc. Não é de se estranhar, então, que sejam as mulheres as que pagam o maior custo social, físico e psicológico durante essa crise sanitária e econômica. São as mulheres que saem em busca de alimentos (que cada dia ficam mais caros), as que vivem com salários miseráveis, subsídios estatais ou ajudas emergenciais que não são suficientes para suprir as necessidades de um lar.
O capitalismo conseguiu, com a benção dos governantes, instalar um sistema perverso e excludente em nossos territórios, onde o Estado já não garante direitos, ficando cada vez mais claros os efeitos de não haver uma saúde pública universal e gratuita. Dessa forma, abundam em nossa sociedade valores como o consumismo, a competitividade, o conceito da riqueza como símbolo de status, ficando de lado conceitos como os de direitos humanos, a amizade, a unidade, a solidariedade, o intercâmbio, a alimentação saudável e o bem viver.
Isso se chama alienação, que afeta as atitudes e pensamentos, já que para o capitalismo-patriarcal não basta o extrativismo em nossos territórios. Querem também o extrativismo em nossos corpos. Durante anos, as feministas alertamos sobre esse processo, mas nos atacaram e difamaram. Agora que nossas vozes estão sendo ouvidas, precisamos ser uma só força para enfrentar essa nova vida, longe da competição e do individualismo.
A Marcha Mundial das Mulheres tem tido um papel preponderante diante de diferentes situações adversas, desde nossa Primeira Ação Internacional, que uniu mais de 150 países no ano 2000, e cinco anos depois, quando apresentamos a Carta Mundial das Mulheres, junto com a Manta da Solidariedade, que foi unindo criatividade e mística em todas as Coordenações Nacionais. Assim foram também a terceira e quarta ações internacionais, que nos uniram de maneira global contra a militarização dos territórios e o uso do corpo da mulher como despojo de guerra. As 24 horas de Ação Feminista foram outra campanha de ação global para denunciar a exploração por parte do grande empresariado e as corporações internacionais, que mantêm o trabalho precário de milhares de mulheres ao redor do mundo.
Em 2020, ano em que nos preparávamos para a realização de nossa Quinta Ação Internacional, seguimos avançando na construção de um movimento de luta feminista, anticapitalista e antirracista, denunciando a ofensiva do capital contra a vida, resistindo ao ascenso do conservadorismo e do autoritarismo nas Américas e no mundo. Para este ano, havíamos decidido que o encerramento da nossa ação seria na América Central. No entanto, não poderemos fazê-lo de forma presencial, já que a situação sanitária assim o exige.
Mas não estamos desmobilizadas. O momento atual nos apresenta um novo desafio e as mulheres, desde as coordenações nacionais, não ficaram caladas. Isso ficou claro com os seminários, debates virtuais, nas ações para acabar com a fome, nas vaquinhas, nas ações nos bairros, e estamos convencidas que a Economia Feminista será a proposta e contrarresposta à economia capitalista, e esse foi um dos eixos principais expostos nas diversas ações realizadas nesses meses de quarentena.
Estamos vivendo uma crise global, mas nós mulheres sabemos que o global nos dá força e nos articula para, com muita energia, levantar nossas alternativas feministas em defesa da vida, dos bens comuns e a mãe terra.
Mafalda Galdames

Hacia la V Acción Internacional 2020 Boletín de Enlace

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