Uma homenagem necessária, essa foi a intenção 150 anos após o nascimento da revolucionária russa Alexandra Kollontai, mulheres de todo o mundo, organizadas em uma brigada para conhecer a realidade de suas irmãs venezuelanas, para caminharem juntas por suas ruas, seus campos, suas comunas, para beberem de suas experiências, para dizerem a verdade ao mundo. De Cuba chegamos com nosso coração e nossa alma prontos para construir, para contribuir, para aprender, e encontramos um povo caloroso, amigável, organizado e esperançoso. Um povo que não baixa a cabeça, que não desiste, um povo resistente e resiliente. Foi bonito compartilhar com as mulheres protagonistas de seu destino, que constroem a partir das bases um socialismo feminista que coloca a vida no centro, cobrindo as necessidades humanas com soluções coletivas e diversas, aplicando preceitos da economia feminista como alternativa ao sistema capitalista e neoliberal, mostrando às mulheres de mais de 20 países que é possível. Nas análises, concordamos que estas não são receitas únicas, que não partimos das mesmas realidades, que o desafio na própria Venezuela é grande, mas que temos que tomar o céu de assalto, sonhar grande para construir o futuro que queremos. É por isso que o compromisso com o futuro visa a questões tão variadas como a socialização do conhecimento concentrado apenas em determinados setores sociais, a prevenção da violência obstétrica, o acompanhamento dos processos de crescimento populacional, a desromantização da maternidade. A partir de nossas propostas: Propusemos a criação de uma brigada de intercâmbio entre Venezuela e Cuba, a realização do evento os impactos do bloqueio nos feminismos, alternativas e desafios nos quais participariam todos os países com sanções e bloqueios e os países solidários que quisessem aderir. Articular-nos para a formação em comunicação feminista e comunitária, para aprofundar a perspectiva feminista na comunicação. Formação com um módulo de Feminismo Popular para levar a todos os países, que inclui treinamento para treinadores e questões que nos envolvem, tais como fundamentalismos religiosos e políticas de cuidado coletivo e autocuidado, economia feminista, construção de protocolos. A criação do Centro de Estudos sobre Feminismo Popular Internacionalista: Alexandra Kollontai, com sua editora, cuja primeira tarefa seria publicar um dossiê sobre a primeira brigada. E por último, mas não menos importante, o sonho de que os passos da próxima Brigada cheguem a Cuba.