Com o objetivo de fortalecer e preparar a presença das Coordenações Nacionais das Américas no 12° Encontro Internacional da MMM, foi realizado um encontro continental virtual nos dias 10 e 11 de setembro, reunindo 13 Coordenações Nacionais e 66 delegadas.
O encontro permitiu compartilhar realidades, resistências e alternativas aos múltiplos sistemas de opressão que, durante a pandemia, buscaram se reproduzir e se fortalecer. Diante dessa estrutura de realidades complexas, abordamos as ações do Comitê Internacional e o funcionamento do Secretariado Internacional em termos de avaliação e propostas para o futuro. |
Esse Encontro Regional foi preparado pela comissão de trabalho composta pelas coordenadoras Nalu e Mafalda e colegas Corina do Chile, Emilia do Quebec, Alejandra da Venezuela e Sandra da Guatemala, que planejaram a metodologia do encontro.
As delegadas concentraram suas reflexões na revitalização do movimento e na reativação de coordenações nos territórios que sofreram a devastação do extrativismo capitalista patriarcal, a repressão, a militarização e as medidas coercivas e restritivas dos governos. O Caribe mereceu atenção especial ao por sua necessária incorporação. O Encontro das Américas serviu para confirmar, a partir dos testemunhos, que apesar dos contextos duros e adversos que a região vive, as respostas dadas pelos povos e suas organizações populares e feministas são contundentes. O trabalho das mulheres rurais que participam da produção agroecológica anda de mãos dadas com as propostas políticas do feminismo camponês e popular, a defesa das sementes e a soberania alimentar. Notamos a proliferação de experiências de economia feminista e solidária que promovem alternativas de produção e distribuição de bens, serviços e cuidados onde a vida e as comunidades estão no centro. Notamos o fortalecimento das redes e alianças estratégicas e o avanço dos movimentos sociais que se desafiam a romper as cercas comunicativas. Propusemos a apropriação de tecnologias e a invenção de novas metodologias de trabalho para superar os isolamentos impostos pela quarentena. Todas essas experiências são uma demonstração viva da capacidade de gerar respostas a partir das organizações feministas, dos movimentos sociais e do potencial das coordenações nacionais das Américas como articuladoras e organizadoras da luta. |