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Junio-Juin-Junho-June 2021

SETOR DE MULHERES DA ALIANÇA POLÍTICA
27 anos construindo futuro

Alejandra Laprea
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No último mês de maio, a Articulação Política do Setor de Mulheres (APSM) da Guatemala completou 27 anos de existência, ou, parafraseando um dos seus lemas, 27 anos construindo um futuro, por mim, por nós, pelas outras.
Para celebrar com as mulheres da Aliança Política Setorial de Mulheres, entrevistamos duas militantes da Guatemala, Sandra Morán e María Dolores Marroquín, que acompanham essa articulação política desde o começo.
Sandra Morán, a mulher dos tambores, primeira deputada da Guatemala a se assumir publicamente como lésbica, poeta, guerrilheira, é também parte do grupo fundador do Setor de Mulheres. Mais ou menos em maio de 1994, Sandra 
se incorporou à organização como delegada do Centro de Pesquisa e Educação Popular (CIEP) e, mais tarde, como  delegada  pela coletiva Nossa voz e pelo coletivo ARTESANA, e atualmente é delegada pela organização Mulheres Feministas de Esquerda.
María Dolores Marroquín também faz parte do grupo fundador do Setor de Mulheres. Com apenas 25 anos e como representante do movimento estudantil, María Dolores foi a primeira Coordenadora Executiva do Setor e desde então tem sido parte de diversos órgãos de direção e acompanhamento político do Setor de Mulheres. Actualmente, ela é delegada pelo coletivo de comunicação feminista Vozes de Mulher, que realiza o projeto de comunicação de mesmo nome há 26 anos (Conheça o projeto Vozes de Mulher [em espanhol] ).

Um pouco de contexto

A Guatemala sofreu um conflito armado durante mais de 30 anos (1960 – 1996). O conflito se desenvolveu no contexto da Guerra Fria e em meio às profundas desigualdades causadas por países praticamente detonados pelos governos corruptos e complacentes com os anseios das transnacionais estadunidenses, como a Unite Fruit Company.
Em 1986, com o Acordo de Paz de Esquipulas, teve início o processo de paz na região, que, segundo as palavras de Sandra Morán, “na realidade, aconteceu para pacificar a região com o objetivo de impulsionar os acordos de livre comércio”. Apesar disso, não se pode negar a imensa vontade do povo de superar os conflitos e construir a paz com justiça.
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María Dolores Marroquin y Sandra Moran
Assim, os setores civis da Guatemala se incorporaram à construção da paz e foi instalada a Assembleia da Sociedade Civil (ASC), um espaço que reivindicava expressamente a necessidade de que os acordos de paz não contemplassem apenas as necessidades do governo, do exército e da guerrilha, mas também as necessidades das comunidades, setores políticos e sociais.

Mesmo assim, foi um debate...

ImagenSandra Moran
No primeiro momento, o Setor de Mulheres não estava presente na ASC. Tanto Sandra quanto María Dolores relembram que a criação do Setor de Mulheres se deu em torno do clássico debate se devia ou não ser criado um Setor de Mulheres, se as mulheres e suas demandas já não estavam presentes ou representadas em outros setores e se o setor dividiria ou não os setores mistos. 
María Dolores comenta: “Naquele momento, mais de 40 diferentes organizações de mulheres, provenientes de setores populares, da academia e da política, estabeleceram um primeiro acordo: formar o Setor de Mulheres, isso depois de muitas deliberações sobre a pertinência – ou não – de um setor específico, já que muitas de nós já estávamos atuando no setor sindical e popular”.
Foi assim que, com mulheres que vinham de organizações populares, com viúvas, estudantes, integrantes de coletivos e comitês e comissões de mulheres, que desde 1980 vinham articulando outros espaços, como Coincidência de Mulheres ou a Assembleia de Mulheres pela Construção da Paz, com mulheres profissionais que tinham uma trajetória em partidos políticos e cargos no governo, e junto com as demais mulheres que foram se aproximando, foi formado o Setor de Mulheres da ASC.
As palavras de Sandra Morán transmitem a intensidade desses dias: “nos organizamos para visibilizar os problemas das mulheres na sociedade, as propostas das mulheres... assim, o setor foi o resultado de um acordo político entre mais de 30 organizações que não se conheciam mas que sabiam que deviam se apropriar desse espaço e aproveitar o desafio... foi o que fizemos”.

Sua luta é a minha luta

De 1994 a 2000, o Setor de Mulheres dedicou sua força e energia para colocar as propostas das mulheres dentro da Assembleia da Sociedade Civil e das mesas de negociação dos Acordos de Paz e para resistir, junto com outros setores, às pressões pela imediata assinatura dos acordos e esvaziamento do conteúdo social presente em sua elaboração.
Nessa primeira etapa, a organização conseguiu se fortalecer e colocar a agenda das mulheres para a paz, concretizar a instância de observação dos Acordos de Paz enquanto Fórum Nacional da Mulher, empreender processos de formação política, criar a Secretaria Presidencial da Mulher e políticas públicas de igualdade de oportunidades, complementar o espaço da coordenação da Plataforma de Beijing, a rede contra a violência e outras coordenadorias temáticas,

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María Dolores Marroquín
Esse primeiro momento se encerra quando as mulheres das diversas organizações se dão conta de que não é suficiente criar instituições para superar as condições de exclusão e opressão que vivem, então ocorre, naturalmente, uma aproximação ao feminismo.
A partir de 2000 se inicia uma nova etapa para o Setor de Mulheres, o único setor da Assembleia da Sociedade Civil que conseguiu se manter com o passar do tempo, transformando-se em Aliança Política Setor de Mulheres (APSM). Sandra aponta que essa transformação foi um salto político, que transcendeu a observação dos Acordos de Paz para encarar a construção de sujeitas políticas como coletivo de mulheres guatemaltecas. Ela caracteriza a APSM como: “A organização que dialogou e fez alianças com as mulheres organizadas nos setores camponeses, sindicais e outros. Construímos pensamento político porque decidimos fazer processos de formação e de debate que fomos sistematizando. Passamos a fazer parte da [Rede] Mesoamericanas em resistência, da Marcha e da Alba Movimentos”.
Em 2006, a APSM se somou à Marcha Mundial das Mulheres como parte de seu processo de busca e crescimento dentro do feminismo e de formulações como o internacionalismo e a economia feminista.

O futuro não chega, é construído

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A APSM comemora 27 anos de existência revisando o planejamento estratégico para os próximos 5 anos, conectando seus princípios políticos com a realidade e com as agendas específicas das organizações da Aliança. Quando perguntamos a María Dolores sobre o futuro, ela nos responde: “Vejo um futuro difícil, incerto, mas o futuro sempre foi assim. Por isso, nos alimentamos do lema que sempre carregamos, ‘o futuro não chega, é construído’, como uma forma de assumir que somos sujeitas e não cair na falta de esperança e continuar sonhando com uma sociedade mais digna e nisso investir nossos corpos, desejos e cumplicidades para que nosso presente contribua para alcançá-lo”.

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