“Marchamos contra as guerras e o capitalismo, por soberania popular e bem viver”
Na MMM Macronorte Peru, as mulheres feministas, diversas, comunitárias e populares continuam em resistência, em movimento e em constante reflexão sobre como seguir construindo um pensamento crítico em nossas organizações sociais em territórios de conflito com o extrativismo para construir de sujeitos políticos a partir de nossas práticas de luta e resistência em defesa do corpo-território-terra. Nesse processo, nos reunimos nos dias 20 e 21 de julho, na cidade de Cajamarca, com diferentes delegadas de nossas organizações populares para confabular em nossa 14ª Escola Feminista Yanina Poveda. Um de nossos pilares era dinamizar a implementação descentralizada das Escolas Feministas, que, enraizadas nos territórios, contribuem para a formação política e a autonomia das organizações. Processos de cura, cuidado coletivo e autocuidado são parte dos processos de educação popular feminista que implementamos há vários anos na macrorregião norte do Peru. Reunidas, analisamos o contexto político e social a nível regional, nacional e internacional para planejar o processo preparatório do nosso 6º Acampamento Feminista, onde abordaremos as diretrizes e desafios da nossa 6ª Ação Internacional como movimento feminista internacionalista, com capacidade de executar ações convocatórias, contestatórias e emancipadoras através de escolas, mobilizações e manifestações. Seguindo essa mesma linha de reflexão, ação e mobilização, entre os dias 27 e 29 de julho, partimos de nossos territórios rumo à Toma de Lima 2024 [Ocupação de Lima]. Com muito esforço e compromisso com nossa plataforma de luta de resistência histórica, reafirmamos nossa posição contra o sistema capitalista, patriarcal, colonialista e extrativista, contra o congresso fundamentalista e o governo vigente usurpador e assassino. Levantamos nossa voz e nossa bandeira por uma assembleia constituinte plurinacional nas ruas da capital, apesar da constante pressão policial e de detenções arbitrárias que não têm cobertura da mídia – ao contrário das notícias de primeira página e cobertura massiva sobre as sentenças penais sistemáticas contra dezenas de defensores e defensoras da democracia, da água e do território, nas quais se reafirma a mensagem ditatorial desse governo que criminaliza a protesto, abraça a violação dos direitos humanos e a impunidade. Além disso, seguimos firmes e nas ruas exigindo justiça junto às famílias das vítimas de assassinatos nas mobilizações de 2022-2023. Essas pessoas são símbolos de luta e solidariedade nacional das mulheres diversas e dos povos.
¡Resistimos para vivir, marchamos para transformar! We resist to live, we march to transform! Nous résistons pour vivre, nous marchons pour transformer ! Resistimos para viver, marchamos para transformar!